Tem piada...também eu falei de ti ontem...ao cair da noite.
Foi naquela altura em que estavamos a preencher postais de natal, alguns obrigatórios e outros sem obrigação alguma...como o teu.
Falei que estavas a pensar vir cá na Páscoa. Ver esta ilha no meio do oceano plantada, o verde que a cobre na sua quase totalidade e o azul que a rodeia. Também que gostarias de me conhecer pessoalmente, falar comigo até de manhã, já que (vai-se lá saber o porquê) gostas do que digo e escrevo.
Falou que sente o coração pequenino, mas acalmei-a. Afinal, se se passasse qualquer coisa, nada lhe diria, ou não? Com um beijo terno, romântico e amoroso, sosseguei o seu coração, que nessa altura "cresceu". Depois...bem depois fizemos amor...apaixonante, estenuante, com calma e descontracção, mas com desejo também. Aconteceu, assim sem mais nem menos. Assim até sabe melhor, até pareceu que nunca tinhamos feito amor os dois.
Gostava de te conhecer, pessoalmente, como tu, mas...
Será que depois a magia que nos liga e une, sem nos ligar ou unir irá desaparecer? Tenho receio disso, a sério.
Sem me aperceber, fazes a ponte entre o meu equilibrio, entre o aqui e o aí. O ser ilheu e o ser continental. Depois de nos conhecermos, será que continuarás a escrever-me? Será que eu continuarei a escrever-te? Será que continuaremos a ser...virtualmente manos?
Tenho receio...a sério!